No dia 31 de agosto de 2024, aconteceu
a 10º Dia Mundial pelo Fim do Especismo!
Como fazem todos os anos, muitos grupos de direitos dos animais em todo o mundo organizaram ações que questionam a discriminação especista e exigem que os interesses de outros animais sejam realmente levados em conta.
Espalhe a notícia sobre esse Dia e, juntos, vamos aumentar nossa mobilização !
- Leia as exigências da DMFS em pormenor
- Descubra como pode participar
- Apoie a campanha fazendo um donativo
- Contacte-nos em info@end-of-speciesism.org se precisar de ajuda
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Sexismo, racismo, especismo: das ideologias injustas
Nas nossas sociedades, nosso relacionamento com os animais é baseado no especismo. Em analogia com o racismo e o sexismo, o especismo designa a ideologia que considera que a vida e os interesses dos animais podem ser simplesmente desprezados, porque eles são de uma outra espécie. O especismo é injustificável, pois os humanos não são os únicos a sentirem emoções e, por esta razão, nós devemos respeitar a vida e os interesses dos outros seres sensíveis que compartilham deste planeta.
Todos os seres sensíveis são iguais
Independente das diferenças que possam existir entre as espécies, fica claro que todos os seres sensíveis são iguais, face ao ressentir do sofrimento. Pouco importa nossa «raça», nosso sexo, nossa espécie: o importante é que nos ressentimos, nosso interesse está em não sofrer, não sermos vítimas de violência e continuar uma vida a mais feliz possível. A discriminação fundada sobre a espécie é tão arbitrária quanto qualquer outra discriminação fundada sobre um critério ilógico, uma igualdade manchada de exclusões e de discriminações arbitrárias... Deve-se tê-la por definição a uma desigualdade, uma injustiça.
Por consequência, todos os seres sencientes, pouco importa sua espécie, devem estar incluídos no círculo de consideração moral. Isto não implica em tratá-los de maneira idêntica, mas em, realmente, levar em consideração seus interesses, como se fossem nossos próprios.
Negar a inteligência para negligenciar interesses?
Nossa sociedade não despreza bebês ou pessoas que sofrem de uma deficiência mental, mesmo que pareçam desprovidos de capacidades intelectuais complexas, mas possuem direito a uma das maiores proteções. Com efeito, eles também sofrem, são incapazes de se defender e devem por isso ser protegidos. Do mesmo modo, pouco importando suas faculdades mentais, os animais são seres sensíveis que têm interesse em viver uma vida mais longa e feliz possível e devem por isso ser preservados. Além disso, cada vez mais estudos mostram que temos subestimado, imensamente, as capacidades mentais da maioria dos animais1.
A etologia: os animais são indivíduos completos
Longe da teoria de animal-máquina, os etólogos atuais nos propõem a ver os animais como indivíduos que sentem emoções, possuem preferências, desejos e uma personalidade própria. Sabemos hoje que a auto-consciência, a cultura, o altruísmo ou a capacidade de manipular objetos existem em vários animais.
Uma mudança necessária na sociedade
As injustiças do passado foram abolidas ou reduzidas, como o feudalismo ou o status inferior assinalado às mulheres. Elas, (as injustiças), também foram marcadas na consciência coletiva ao ponto em que as acreditamos eternas. Mas a história mostrou o contrário. Podemos facilmente imaginar que um dia os matadouros serão considerados símbolos de barbárie. Somos cada vez mais numerosos a recusar a injustiça contra os animais, que vem a ser um dos temas de debate mais importantes do nosso século.
O Dia Mundial pelo fim do especismo tem por objetivo denunciar a ideologia injusta, que torna possível esta barbárie.
Nós trabalhamos por um mundo que leva em consideração a vida e os interesses de todos. Este mundo já está a caminho. Trabalhemos todos juntos para que ele chegue logo!
1 Recentemente, o chimpanzé Ayumu quebrou o preconceito segundo o qual os humanos são sempre os mais capacitados mentalmente que outros animais, quando ganhou dos humanos num teste de memoria: https://www.youtube.com/watch?v=zsXP8qeFF6A